17.12.01
7.12.01
Pecado Original
Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido?
Será essa, se alguém a escrever,
A verdadeira história da humanidade.
O que há é só o mundo verdadeiro, não é nós, só o mundo;
O que não há somos nós, e a verdade está aí.
Sou quem falhei ser.
Somos todos quem nos supusemos.
A nossa realidade é o que não conseguimos nunca.
Que é daquela nossa verdade - o sonho à janela da infância?
Que é daquela nossa certeza - o propósito a mesa de depois?
Medito, a cabeça curvada contra as mãos sobrepostas
Sobre o parapeito alto da janela de sacada,
Sentado de lado numa cadeira, depois de jantar.
Que é da minha realidade, que só tenho a vida?
Que é de mim, que sou só quem existo?
Quantos Césares fui!
Na alma, e com alguma verdade;
Na imaginação, e com alguma justiça;
Na inteligência, e com alguma razão -
Meu Deus! meu Deus! meu Deus!
Quantos Césares fui!
Quantos Césares fui!
Quantos Césares fui!
Álvaro de Campos
Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido?
Será essa, se alguém a escrever,
A verdadeira história da humanidade.
O que há é só o mundo verdadeiro, não é nós, só o mundo;
O que não há somos nós, e a verdade está aí.
Sou quem falhei ser.
Somos todos quem nos supusemos.
A nossa realidade é o que não conseguimos nunca.
Que é daquela nossa verdade - o sonho à janela da infância?
Que é daquela nossa certeza - o propósito a mesa de depois?
Medito, a cabeça curvada contra as mãos sobrepostas
Sobre o parapeito alto da janela de sacada,
Sentado de lado numa cadeira, depois de jantar.
Que é da minha realidade, que só tenho a vida?
Que é de mim, que sou só quem existo?
Quantos Césares fui!
Na alma, e com alguma verdade;
Na imaginação, e com alguma justiça;
Na inteligência, e com alguma razão -
Meu Deus! meu Deus! meu Deus!
Quantos Césares fui!
Quantos Césares fui!
Quantos Césares fui!
Álvaro de Campos
Há dias em que gostaria de uma espécie de anistia da vida: não ser eu e o que quero ser, não fazer o que faço e não querer fazer o que não faço, não ir para onde vou nem para onde quero ir, não ficar... Pois tá tudo vazio aqui e em volta. Acho que consegui! E não gostei.
Imagino se hoje sexta fosse segunda.
Imagino se hoje sexta fosse segunda.
Ler realmente nos faz refletir, nem que seja para enterder o título de uma matéria.
Na Folha de hoje: "Enzima que favorece obesidade de tipo perigoso vira alvo de remédio". Ora, li isso e fiquei pensando no Bin Laden ou o Fernandinho (o Collor ou Beira Mar, tanto faz) engordando, além de vasculhar minha mente tentando lembrar de um gordo perigoso... até refazer a manchete. Que tal: "Enzima que favorece tipo perigoso de obesidade vira alvo de remédio". Cabe no mesmo espaço e é bem mais inteligível, não?
Na Folha de hoje: "Enzima que favorece obesidade de tipo perigoso vira alvo de remédio". Ora, li isso e fiquei pensando no Bin Laden ou o Fernandinho (o Collor ou Beira Mar, tanto faz) engordando, além de vasculhar minha mente tentando lembrar de um gordo perigoso... até refazer a manchete. Que tal: "Enzima que favorece tipo perigoso de obesidade vira alvo de remédio". Cabe no mesmo espaço e é bem mais inteligível, não?
3.12.01
Ufa, acabei de ler um livro de adminstração de projetos... Duas conclusões:
1) se o Bin Laden (ou quem quer que planejou os atentados) tivesse aplicado todos os preceitos e dicas do livro com sucesso, teria destruido a Casa Branca.
2) no mundo possível, digo: ô projeto bem sucedido foi aquele ataque! Vai virar "case" (argh!) em escolas de administração.
1) se o Bin Laden (ou quem quer que planejou os atentados) tivesse aplicado todos os preceitos e dicas do livro com sucesso, teria destruido a Casa Branca.
2) no mundo possível, digo: ô projeto bem sucedido foi aquele ataque! Vai virar "case" (argh!) em escolas de administração.
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