7.7.04

Caminho cego,
de tanto enxergar tantos caminhos.
Encruzilhada de encruzilhadas.
Um nó górdio de estradas
este labirinto esquizofrênico
em que me meti.

Me volto.
O fio.
Não há fio.
Trilha?
Pólvora, acesa.
Nem grãos,
ingeridos e digeridos
pelo esquecimento.

Digo-me: Avante!
Que frente?
Mais do que há à frente,
antes do que há importar,
haveria de decidir para onde.
No entanto decido não escolher.
E caminho, cego, no improviso.

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